segunda-feira, 14 de março de 2011

Jovens,onde vocês estão?

Quando tentaram vender o petróleo brasileiro, na década de 50, eles estavam lá. Lutaram e bravamente escreveu na história a seguinte frase: “O Petróleo é nosso”.
Quando em 1964 golpearam a democracia no Brasil, eles resistiram. Sonharam com um mundo sem desigualdade, livre. Deram a própria vida por seus ideais. Ocuparam as Universidades, foram tocados pelo conhecimento. Acreditaram que a rebeldia típica da juventude pode e deve ser o motor da construção do novo e não tiveram medo quando se depararam com armas e palavras apontadas para as suas cabeças!
Quando a sociedade foi às ruas em 1984 exigir eleições diretas, a juventude também o fez. Esteve lá como sempre impulsionando o movimento. Quando em 1992 o jovem presidente “caçador de marajás” foi cassado, eles materializaram um sentimento nacional. Pintaram a cara, saíram às ruas. Voltaram a sonhar e derrubaram um presidente!
Assim a juventude brasileira existiu, lutou e transformou o país, na última metade do século passado. Neste momento que iniciamos um novo século o que tem feito e por onde tem andado a juventude?
Talvez bombardeada pela ideologia neoliberal durante os anos 1990, que estimulava a competição extremada, o individualismo e o egoísmo. Somando-se a isso a precarização das condições de vida e desemprego em massa, talvez a juventude tenha se alienado e se tornado rebelde sem causa.
Os estudantes em sua grande maioria deixaram de se reunir para grandes assembléias e manifestações, para se reunirem em grandes megachopadas para beber até cair. Ainda existem os que lutam e resistem, e exemplos não faltam: a ocupação da USP e suas similares pelo Brasil. A ocupação da UnB que destronou o reitor corrupto.
Ao capitalismo “$$”, interessa que os jovens sejam idiotas, hiperssexualizados e bêbados. Para que estes não questionem a sociedade local, o governo, o país, o mundo!É disto que surgem os analfabetos políticos, que foram definidos por Berthold Brecht da seguinte maneira: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”.
Você jovem ou homem de meia idade ou até mesmo você idoso não seja mais um analfabeto político, brigue pelos seus direitos ou pelo aquilo que faz mal a sociedade, não seja um seguidor do conformismo, não seja escravo de qualquer um!


Raul Tavares (Equipe URI)

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