Bandeira do MRTA |
Essa semana tive pouco tempo para dar uma passada por aqui, mas hoje trarei uma história das boa, a história de um movimento que, como muitos outros presentes na América do Sul, querem lutar por uma sociedade mais justa, se baseando nos moldes do Marxismo-Leninismo.
Membro do MRTA, usando a bandeira como bandana |
Seu nascimento começa no dia 23 de Novembro de 1976, quando um General chamado Leonidas Rodríguez Figueroa funda o Partido Socialista Revolucionário (ou PSR) enquanto estava exilado, para agrupar ex-colaboradores do governo do general Juan Velasco Alvarado, porém, um problema ocorre, e o PSR acaba se ramificando, criando assim o PSR-ML, ou Partido Socialista Revolucionário Marxista-Leninista, formada por três constituintes, que mais tarde acabariam por formar a MRTA.
Soldados do MRTA, equipados com AK's-47 e M-60 |
Em 1978, o MIR-EM, participa do processo eleitoral para a Assembléia Constituinte, retirando-se para formar com o PSR-ML, o PCP -Maioria, a denominada "Frente Revolucionária de Ação Socialista" (FRAS). Em 1 de março de 1982, essa Unidade adota o nome de "Movimento Revolucionário Túpac Amaru", neste ponto que o Movimento Revolucionário Túpac Amaru dá seus primeiros passos, adotando a sigla "MRTA". A organização se manteve na clandestinidade, iniciando suas primeiras ações em 1984, consistindo em expropriações de bancos e ataques a militares. Em 9 de dezembro de 1986, se constitui uma nova unidade, no evento denominado "I Comitê Central Unitário", entre o MRTA e o MIR-VR, concordando em manter o nome do MRTA, com o qual continuaram as ações revolucionárias.
Seu principal meio de comunicação, onde divulgava suas idéias para a população, fora já chamado de "Venceremos", porém em 1987 muda de nome, passando a ser chamado de "Voz Rebelde", uma rádio também era usada, a chamada "4 de Noviembro", Ademais, contava com o semanário "Cambio" como meio de difusão aberto e como órgãos de fachada tinham as organizações "Pueblo en Marcha", "UDP", "Bloque Popular Revolucionario" e "Patria Libre", todos eram mantidos na clandestinidade.
Porém, o estopim que causou a fama do grupo foi a ocupação da embaixada japonesa em Lima (Dezembro de 1996 - Abril de 1997), em que retiveram centenas de importantes políticos. Os 14 membros do comando foram mortos pela polícia peruana do presidente Alberto Fujimori; todos os políticos retidos foram libertados.
E eu sempre digo isso em todas as postagens com o tema de Grupos Revolucionários, o MRTA, assim como vários outros grupos deste mesmo ideal, são consideradas organizações terroristas por países extremamente capitalistas, como os EUA, pois eles veem nestes grupos a chance de perderem países aliados economicamente na América Latina.
Na atualidade o nível de direção do MRTA, devido à captura de seus principais líderes, não conta com uma estrutura de apoio ou estrutura organizativa (aparato logístico, comunicações, imprensa, etc.) e sua força especial (aparato armado) tem sido desarticulada. Não existindo indicativos da presença do MRTA no âmbito peruano, a provável reorganização está sendo estruturada no estrangeiro (Alemanha), através de seu porta-voz internacional, Isaac Cecilio Velasco Fuerte, que emite através da Internet eventuais pronunciamentos.
Autor: Piantino
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