sexta-feira, 18 de março de 2011

Barack Obama no Brasil

Barack Obama
Olá Novamente!

Estou de passagem por aqui por que acabo de ver no portal da Uol a notícia sobre a visita de Barack Obama no Brasil e, como me senti inspirado a escrever, resolvi passar minha opinião para vocês.

A visita do presidente dos EUA, julgado o homem mais rico da nação mais rica do mundo, sempre gera expectativa por parte dos adeptos às leis e culturas da terra do tio sam, seja nos aspectos políticos ou econômicos, pois ser parceiro da nação mais rica do planeta não é para todos.

Mas muita gente esquece que, durante anos, os EUA fizeram da América Latina uma espécie de Playground, onde eles brincavam de financiar ditaduras que prometiam acabar com o "comunismo comedor de criançinhas", um dos exemplos mais claros são a do Brasil, promulgado no dia 31 de Março de 1964, da Argentina, ocorrido em 1962, ambas são acusadas de dezenas de desaparecimentos, prisões, torturas e mortes.

Aí sempre cai a pergunta, mas por que os EUA financiariam ditaduras que matavam e destruíam? os EUA sempre tiverão medo de perder países estratégicos na América Latina para a extinta União Soviética, pis eles sabiam que se países se tornassem adeptos ao comunismo, isso iria causar um "efeito dominó", ou seja, iriam acabar influenciando outras nações à aderirem ao movimento comunista.

De fato, isto não ocorreu apenas durante a Guerra Fria, durante a Segunda Grande Guerra, os EUA investiram muito na chamada "Política da Boa Vizinhança", um programa onde se pretendia conseguir apoio político da América Latina através da Indústria do entretenimento, um exemplo disso é o filme "Você já foi à Bahia?", filme dirigido por Walt Disney que tratava da cultura de muitos países da América Latina, incluindo o Brasil, mas nao era somente através da Indústria do Entretenimento, os EUA vendiam sua tecnologia para estes países, porém a eficiência da Política da Boa Vizinhança não foi boa, pois enquanto na América Latina, a cultura norte-americana era caracterizada pela democracia e a Indústria, nos EUA a cultura Latina era retratada apenas pelas suas belezas naturais e o exoterismo.

Mas nem sempre a aproximação foi boa entre EUA e A.Latina, no começo do Século XX, o então presidente dos EUA Theodore Roosevelt lançou a Política do "Big Stick", que consistia em tratar os países latinos com um porrete, ou seja, ele promoveria a indústria de uma tal forma que eles viriam a se chamar a "Polícia do Hemisfério Sul"
ou seja, iriam intervir nos países pobres da A.Latina.

Então vamos voltar para os dias atuais, analisando o portal da Uol, vi a notícia de que estava ocorrendo uma manifestação contra a visita do presidente Obama ao Rio de Janeiro, mas pude perceber que a maioria das pessoas envolvidas nem sabiam a razão pelo qual estavam lá, ai me lembro o post do querido companheiro Raul ali em baixo, o cego político, só ai percebi na prática do que se trata.

Portanto, o único motivo de estarmos alegres com isso é pelo fato de a política externa brasileira ser beneficiada, pois fazer alianças com o país mais poderoso do mundo tem lá as suas vantagens não é? e que vantagens, pelo que eu li na Uol, os EUA tratarão a economia do Brasil assim como eles tratão a economia da China e da Índia, até por que os BRIC'S são na verdade os 5 futuros países que irão compor a lista das nações mais ricas do mundo, e isso não é so uma oportunidade para o Brasil mostrar seu melhor na política externa, ele não pode esquecer de nós, brasileiros, pois NÓS mandamos no futuro desta nação

Por: Piantino

Movimento Revolucionário Túpac Amaru - MRTA

Bandeira do MRTA
Boa Noite leitores!

Essa semana tive pouco tempo para dar uma passada por aqui, mas hoje trarei uma história das boa, a história de um movimento que, como muitos outros presentes na América do Sul, querem lutar por uma sociedade mais justa, se baseando nos moldes do Marxismo-Leninismo.

Membro do MRTA, usando a bandeira como bandana
O MRTA( sigla para Movimento Revolucionário Túpac Amaru) é um grupo guerrilheiro de esquerda criado no Peru e que baseou em outros grupos revolucionários da América Latina. O MRTA se define como uma organização político-militar formada pela classe operária, que deseja organizar e redigir uma guerra revolucionária do povo, lutando contra o governo legal e estabelecer um governo popular.

Seu nascimento começa no dia 23 de Novembro de 1976, quando um General chamado Leonidas Rodríguez Figueroa funda o Partido Socialista Revolucionário (ou PSR) enquanto estava exilado, para agrupar ex-colaboradores do governo do general Juan Velasco Alvarado, porém, um problema ocorre, e o PSR acaba se ramificando, criando assim o PSR-ML, ou Partido Socialista Revolucionário Marxista-Leninista, formada por três constituintes, que mais tarde acabariam por formar a MRTA.

Soldados do MRTA, equipados com AK's-47 e M-60
Então, o MIR-VR (que em castelhano significa Movimiento de Izquierda Revolucionario - Voz Rebelde), o MIR-Norte (chamado assim por ter sua base principal em Trujillo) e o MIR-EM (que em castelhano fica Movimiento de Izquierda Revolucionario - El Militante) surgem em 1973, logo após o rompimento do MIR-Histórico. Em 1977, constituem, juntamente com outros agrupamentos de esquerda, a UDP (Unidade Democrática Popular). Em setembro de 1980, participam da constitução da Izquierda Unida (IU), produzindo-se lutas internas em 1982, recompondo-se entre os anos de 1983 e 1984.

Em 1978, o MIR-EM, participa do processo eleitoral para a Assembléia Constituinte, retirando-se para formar com o PSR-ML, o PCP -Maioria, a denominada "Frente Revolucionária de Ação Socialista" (FRAS). Em 1 de março de 1982, essa Unidade adota o nome de "Movimento Revolucionário Túpac Amaru", neste ponto que o Movimento Revolucionário Túpac Amaru dá seus primeiros passos, adotando a sigla "MRTA". A organização se manteve na clandestinidade, iniciando suas primeiras ações em 1984, consistindo em expropriações de bancos e ataques a militares. Em 9 de dezembro de 1986, se constitui uma nova unidade, no evento denominado "I Comitê Central Unitário", entre o MRTA e o MIR-VR, concordando em manter o nome do MRTA, com o qual continuaram as ações revolucionárias.

Seu principal meio de comunicação, onde divulgava suas idéias para a população, fora já chamado de "Venceremos", porém em 1987 muda de nome, passando a ser chamado de "Voz Rebelde", uma rádio também era usada, a chamada "4 de Noviembro", Ademais, contava com o semanário "Cambio" como meio de difusão aberto e como órgãos de fachada tinham as organizações "Pueblo en Marcha", "UDP", "Bloque Popular Revolucionario" e "Patria Libre", todos eram mantidos na clandestinidade.

Porém, o estopim que causou a fama do grupo foi a ocupação da embaixada japonesa em Lima (Dezembro de 1996 - Abril de 1997), em que retiveram centenas de importantes políticos. Os 14 membros do comando foram mortos pela polícia peruana do presidente Alberto Fujimori; todos os políticos retidos foram libertados.

E eu sempre digo isso em todas as postagens com o tema de Grupos Revolucionários, o MRTA, assim como vários outros grupos deste mesmo ideal, são consideradas organizações terroristas por países extremamente capitalistas, como os EUA, pois eles veem nestes grupos a chance de perderem países aliados economicamente na América Latina.

Na atualidade o nível de direção do MRTA, devido à captura de seus principais líderes, não conta com uma estrutura de apoio ou estrutura organizativa (aparato logístico, comunicações, imprensa, etc.) e sua força especial (aparato armado) tem sido desarticulada. Não existindo indicativos da presença do MRTA no âmbito peruano, a provável reorganização está sendo estruturada no estrangeiro (Alemanha), através de seu porta-voz internacional, Isaac Cecilio Velasco Fuerte, que emite através da Internet eventuais pronunciamentos.

Autor: Piantino

quinta-feira, 17 de março de 2011

O analfabeto político

Olá leitores,apresento-lhes hoje um pequeno texto muito interessante.Escrito por Bertolt Brecht, o texto traz a idéia de um cidadão ignorante que trata um assunto essencial para a vida como se fosse uma simples pedra,que no meio de uma estrada,  passa desapercebida.

                                                                                            Raul Tavares



O pior analfabeto é o analfabeto político.Ele não ouve,não fala,nem participa dos acontecimentos políticos.Ele não sabe que o custo de vida,o preço do feijão,do peixe ,da farinha,do aluguel,do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto politico é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.Não sabe o imbecil que, da sua ignorância politica, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o politico vigarista,pilantra,corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
                                                                                                     Bertolt Brecht






Terrorismo: O Estado Nazi-sionista

O sionismo nazista






Neste artigo Ivan mostra como a mídia ocidental aproveita de certos fatos ocorridos no mundo para fazer uma lavagem cerebral na sua sociedade, injetando na cabeça das pessoas informações que favoreçam ou justifiquem sua política interna e externa. 
                                                                                                            
                                                                                         Raul Tavares










Ivan Leichsenring



A grande mídia ocidental, subordinada a grande mídia ianque, é muito influenciada pelos judeus-israelenses e os não-israelenses desde o término da 2ª Guerra Mundial. Note, por exemplo, o tema nazista, que é explorado com centenas de milhares de filmes todos os anos, a ponto que um judeu-não israelense,  o professor universitário estadunidense Norman G. Finkelstein da Universidade de Nova Iorque, cujos pais estiveram no campo de concentração de Varsóvia, escrever um livro denunciando a Indústria do Holocausto, construída a partir da Guerra dos 6 Dias:

"(...)...as atrocidades nazistas transformaram-se num mito americano que serve aos interesses da elite judaica, sendo que nesse sentido, o holocausto transformou-se em Holocausto (com h maiúsculo), ou seja, numa indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem sucedido dos Estados Unidos e apresenta como indefeso um país como Israel, uma das maiores potências militares do mundo, que oprime os não judeus em seu território e em áreas de influência".

Nele, o autor aponta que o número de sobreviventes judeus foi exagerado com intuito de chantagear grandes corporações, países e bancos como forma de aumentar recursos financeiros na guerra contra os árabes, demonizados, que buscariam novamente a "solução final".
No entanto, na Palestina, quem garante a veracidade do número de mortos se os jornais do mundo inteiro estão proibidos de entrar em Gaza e Cisjordânia pelos terroristas israelenses que continuam oprimindo a população? Esta verdade é a de Israel, o povo opressor. O outro lado do Holocausto é contado por meio de blogs de palestinos sitiados em Gaza (que são ameaçados de morte por israelenses), é retratado por Carlos Lattuf (cartunista brasileiro, já condenado a ela por extremistas, a princípio ligados ao Likud) e é claro, pela única mídia que o mundo ocidental não tem completo acesso: a  Al-Jazeera.
A grande ironia é que somente a bomba atômica pode trazer a paz entre os países, pois só assim é possível negociar neste  miserável mundo. De resto, ninguém se mete com a Coréia do Norte, por exemplo, nem com a China. As relações políticas entre a Índia e o Paquistão sobre a Caxemira são obrigatoriamente resolvidas no diálogo, já que ambos os países também possuem bomba atômica. Quer a paz, prepara-te para a guerra, disse certa vez um romano.
Enfim, se esse mundo fosse sério e ético, Israel sofreria sanções ou um embargo econômico mundial pelo apartheid que usa contra os palestinos, seria condenado num tribunal internacional por crime de guerra pelos pogrom realizados e pela tentativa de genocídio de um povo imensamente mais fraco político, econômico e militarmente. É o nazi-sionismo imperando, com apoio mundial.
   
Para uma maior compreensão do problema, recomenda-se as leituras:

quarta-feira, 16 de março de 2011

Completo, ilha das flores - filme curta metragem

Sim, este lugar existe!



Podemos analisar neste filme a realidade de algumas áreas da Pátria amada,estas pessoas que vivem dos rejeitos dos porcos são extremamente sensíveis a doenças o que torna sua expectativa de vida relativamente baixa, de aproximadamente 33 anos! O mais impressionante é saber que existem pessoas que sobrevivem se alimentando do que um porco rejeitou! Mas o Brasil é um país muito bom, e igualitário, é extremamente aceitável que um deputado ganhe aproximadamente 35 mil reais/mês e estas pessoas,moradores da Ilha das Flores que não possuem nenhum dinheiro,viverem de restos de "matéria orgânica"(como é apresentado no filme). O sistema capitalista $$ produz , entre outras catástrofes, a miséria e consequentemente a fome que MATA pessoas!
O documentário é relativamente forte e vou deixar que os senhores leitores tirem sua própria conclusão a respeito do vídeo.

  Raul Tavares

terça-feira, 15 de março de 2011

Fração do Exército Vermelho (Grupo Baader-Meinhof)

Símbolo da RAF, a estrela vermelha com a MP5
Boa Tarde Leitores

Irei continuar a falar sobre grupos revolucionários, só que o grupo que dá o nome a esta postagem queria lutar contra o fascismo e promover o comunismo e o anti-imperialismo na Europa, este foi um dos grupos de extrema-esquerda mais proeminentes daquele continente.

A RAF (sigla em alemão de Rote Armee Fraktion) foi fundada em 1970 por Andreas Baader, Gudrun Ensslin, Ulrike Meinhof e Horst Mahler, nos seus 28 anos de existência, o popularmente Grupo Baader-Meinhof passou por três gerações de integrantes, porém ficou famoso pela série de atendados contra o governo alemão, principalmente os atentados ocorridos em 1977. o Grupo Baader-Meinhof foi acusado durante seus quase 30 anos de existência por 34 mortes e dezenas de feridos.

As raízes da RAF começaram a se desenvolver nos movimentos estudantis nos anos de 1960, quando esta geração conhecida por Baby Boom-crianças nascidas depois da II guerra mundial-viraram-se para diversos casos, como a guerra do vietnã, o uso da energia nuclear e a pobreza nos países do terceiro mundo. Porém, o que não agradava esta massa de estudantes era o fato de o governo da Alemanha durante a Guerra Fria manter ligações com o antigo Reich, tanto que para alguns o governo da alemanha na época era uma continuação do 3ªReich, e isso não agradava os jovens adeptos ao comunismo.

Andreas Baader, um dos fundadores da RAF  
lguns dos homens e mulheres que viriam a fundar e exercer funções importantes na RAF já tinham envolvimentos esquerdistas anteriores: a jornalista Ulrike Meinhof possuía uma antiga relação com o Partido Comunista; Holger Meins estudava cinema e era um veterano das revoltas em Berlim, seu curta-metragem Como Produzir um Coquetel Molotov tinha sido visto por grandes platéias; Jan-Carl Raspe vivia em comunas há longo tempo; Horst Mahler, já um advogado estabelecido, era um dos líderes dos protestos e marchas contra os jornais de Springer desde o começo e defendia causas pró-direitos humanos. Por suas próprias experiências sócio-econômicas na vida alemã, eles logo seriam profundamente influenciados pelo Leninismo e o Maoismo, depois definindo-se com um grupo marxista-leninista. Uma crítica contemporânea da visão que o Baader-Meinhof tinha do Estado, publicada numa edição pirata do jornal francês Le Monde diplomatique lhes atribuía um 'fetichismo do Estado' - uma leitura obsessiva e ideologicamente errada da dinâmica da burguesia e da natureza e do papel do Estado nas sociedades ocidentais pós-guerra, incluída a Alemanha Ocidental.

Ulrike Meinhof, co-fundadora da RAF
Alguns fatos foram decisivos para a formação da RAF, em 2 de Junho de 1967, o Xá do Irã, Mohammad Reza Pahlavi, faria uma visita à cidade de Berlim, então alguns estudantes resolveram fazer uma manifestação contra a violação dos direitos humandos que ocorriam no Irã, porém as coisas fugiram do controle quando a passeata, inicialmente pacífica, saiu do controle e acabou em violência entre os estudantes, os seguranças do Xá e a polícia alemã, por fim, um estudante chamado Benno Ohnesorg foi morto pela polícia, o policial que causou os disparos, chamado Karl-Heinz Kurras, foi inocentado de todas as acusações.

Entre os líderes dos manifestantes naquele dia, encontrava-se Gudrun Ensslin, uma estudante de literatura alemã e inglesa na Universidade Livre de Berlim que, indignada com a morte de Ohnesorg, discursou aos estudantes dizendo que "a única forma de responder à violência seria com violência". Até então, o monopólio da violência estatal nunca havia sido posto em questão por oposicionistas alemães desde 1945.

No começo de 1968, Gudrun, separada do marido e mãe recente, conheceu Andreas Baader, um carismático militante de esquerda vindo de Munique, onde tinha ficha policial por pequenos crimes comuns, que se tornaria seu namorado. Juntos, decidem alastrar sua contestação ao sistema com algum ato simbólico e deixam Munique em direção à Frankfurt, acompanhados de dois companheiros de militância, Thorwald Proll e Horst Söhnlein. Em 2 de abril, ateam fogo a duas lojas de departamentos da cidade, provocando incêndios sem vítimas mas com grande prejuízo material. Logo após os incêndios começarem, Ensslin telefona pra uma agência de notícias e comunica: "Foi um ato de vingança política!". Dois dias depois são presos.

Cartaz da polícia alemã distribuídos apõs atentados cometidos pela RAF
Todavia, uma semana depois, o mais conhecido orador do movimento estudantil, Rudi Dutschke, amigo de Gudrun mas adepto da não-violência, sofre uma tentativa de assassinato levando um tiro no rosto no meio da rua, dado por um estudante de extrema-direita, Josef Bachmann, e apesar de sobreviver sofre sequelas permanentes até sua morte anos mais tarde, depois de ajudar a fundar o Partido Verde Alemão. Os estudantes colocam a culpa da tentativa de homicídio em Axel Springer e nos jornais da extrema-direita, que a seu ver insuflavam os conservadores contra Rudi, com manchetes como "Parem Dutschke!" e convergem para a sede da Springer AD, a editora dos jornais e revistas do Springer, fazendo uma barreira de carros na porta, impedindo a saída e entrada de pessoas e caminhões de distribuição da empresa e entrando em choque com a polícia. Ulrike Meinhof está lá, anotando o que vê, junto a um de seus jovens editores da Konkrete - Stefan Aust, mais tarde biógrafo da RAF- a revista de esquerda para a qual escrevia e editava, e lhe é sugerido que participe do protesto também usando seu carro como barricada. Ulrike ainda não está certa se quer participar efetivamente das manifestações que ocorrem contra o Sistema mas mesmo assim concorda em colocar seu carro como último veículo das dezenas de automóveis que impedem o acesso à editora. Presa, convence os policiais que é culpada apenas de ter estacionado mal para cobrir a manifestação e é solta. Este foi seu primeiro ato físico contra o Estado. Não seria o último. Em sua coluna na Konkret, escreve: "Se alguém incendeia um carro, isso é um crime comum. Se alguém incendeia centenas de carros, isso é um protesto político".

Os quatro incendiários foram condenados a três anos de prisão por incêndio provocado e por colocarem a vida humana em perigo. Entretanto, em junho de 1969, eles receberam uma condicional temporária, revogada em novembro de mesmo ano, quando foram intimados a reapresentarem-se para cumprir o resto da pena. Dos quatro, apenas Horst Söhnlein acatou a ordem do Tribunal Constitucional Federal da Alemanha, enquanto Baader, Ensslin e Thorwald Proll fugiram para Paris, onde durante algum tempo, com a ajuda da irmã de Thorwald, Astrid Poll, se refugiaram num apartamento de propriedade do jornalista e revolucionário Régis Debray, famoso por sua amizade com Che Guevara e por seus trabalhos teóricos sobre a criação de focos de guerrilha urbana. Dali, eles mudaram-se para a Itália onde foram visitados por Horst Mahler, seu advogado no caso dos incêndios, que os encorajou a voltarem juntos para a Alemanha e fundarem um grupo guerrilheiro, nos mesmo moldes dos Tupamaros no Uruguai.

De volta ao país, vivendo na clandestinidade com Gudrun e com os laços estreitados com Meinhof - a quem pediu abrigo na própria casa e foi apresentado junto com Gudrun às filhas pequenas dela como "tio Hans" e "prima Grete" - Andreas Baader acabou sendo novamente preso numa batida policial portando documentos falsos em 3 de abril de 1970, quando se dirigia, com Astrid Poll, a irmã de Thorwald, já integrante do grupo, para um suposto depósito de armas enterrado num cemitério. Na prisão de Tegel, Andreas foi visitado por vários membros do grupo, disfarçados ou com a identidade própria como Ulrike Meinhof, trabalhando com jornalista. O objetivo de Gudrun era libertar o namorado de qualquer maneira e o plano criado surgiu com a possibilidade levantada de Meinhof - ainda com uma vida normal de profissional reconhecida - conseguir um encontro dela com Baader no Instituto para as Questões Sociais, em Berlim, um local onde presos podiam ter acesso à biblioteca, para uma entrevista e a confecção de um livro com Baader. Mesmo relutante, por entender que a partir dali sua vida de mãe de duas filhas com uma profissão estável chegaria ao fim, Meinhof concordou com o plano. Na data marcada, 14 de maio de 1970, enquanto Baader e Meinhof encontravam-se na sala de leitura, escoltados por guardas, um grupo formado por Gudrun, Astrid, Ingrid Schubert,[24] Irene Goergens e Peter Homann, entrou no local armado, ocorrendo um tiroteio no qual um dos guardas foi ferido e os outros rendidos. Baader e o grupo fugiram pela janela da sala e Meinhof seguiu-os, caindo na clandestinidade.

No dia seguinte, cartazes começaram a aparecer pelo país com a fotografia de Baader e Meinhof e os jornais de Axel Springer traziam a notícia em manchete, chamando o grupo de Gang Baader-Meinhof, pelo qual ficariam popularmente conhecidos. O filme Bambule, com roteiro de Meinhof, sobre a vida de jovens mulheres num reformatório e programado anteriormente para estrear na televisão alemã dez dias depois da fuga, é retirado da grade de programação.[26] Em 2 de julho, o jornal anarquista 833 publica um manifesto do grupo, que assina com o nome oficial de Rote Armee Fraktion (Fração do Exército Vermelho) pela primeira vez.

Prisão de Stemmhein
Mais tarde, em maio de 1972, a RAF comete alguns de seus mais sangrentos atentados: em Frankfurt, Baader, Ensslin, Jan-Carl Raspe e Holger Meins, auto-denominando-se "Comando Petra Schelm", colocam três bombas de efeito retardado no edifício central do QG do Exército dos Estados Unidos na Alemanha. As bombas destroem o lugar e matam um tenente-coronel norte-americano, condecorado no Vietnã. Assumindo a responsabilidade, o Baader-Meinhof emite um comunicado exigindo a fim da colocação de minas pelos Estados Unidos nos portos do Vietnã do Norte. No dia seguinte, Angela Luther e Irmgard Möller colocam duas bombas de retardo dentro da central de polícia de Augsburg deixando cinco policiais feridos. Um carro-bomba é deixado por Baader no estacionamento do Departamento Nacional de Investigações Criminais em Munique e explode destruindo 60 veículos. Por seu lado, Ulrike Meinhof, acompanhada de três militantes - entre eles a estudante secundária Ilse Stachowiak, que se juntou à RAF com apenas 16 anos, coloca seis bombas escondidas em mochilas nos escritórios da editora Springer em Hamburgo. Apesar de serem avisados com antecedência por telefone para deixarem o prédio, as telefonistas não levam a sério a ameaça. Três delas explodem e 17 funcionários da editora são feridos. No dia 24 de maio, as mesmas Möller e Luther que bombardearam a delegacia de Augsburg dias antes, deixam 25 quilos de explosivos dentro de um carro no estacionamento do Comando Europeu Supremo do Exército dos Estados Unidos em Heidelberg. O carro explode, destrói a parede externa do clube dos oficiais e mata três militares instantaneamente, um deles cortado ao meio pela força da explosão. Dois dias depois, o Baader-Meinhof distribui um comunicado assumindo o atentado em "resposta aos bombardeios norte-americanos no Vietnã".

Celas dos integrantes da RAF na prisão de Stemmhein
Portanto, não podemos deixar de citar que o Grupo Baader-Meinhof tentou, em todavia, de acabar com o imperialismo que outras nações, principalmente os EUA, tomassem conta da política alemã, mas infelizmente isso não pode ser feito por meios pacíficos. Em Frankfurt, depois de alertada por moradores da vizinhança de que uma garagem contém explosivos e tem um movimento suspeito, a polícia vigia a área e surpreende Andreas Baader, Jan-Carl Raspe e Holgen Meins ao chegarem. Notando a presença de policiais, Baader começa um tiroteio. Raspe é preso imediatamente no estacionamento. Meins e Baader escondem-se na garagem por horas onde são atingidos por gás lacrimogênio e Baader é ferido na perna. Os dois são capturados perante as câmeras de televisão que chegaram ao local atraídas pelo cerco. Em 8 de junho, em Hamburgo, quase fora de si pela dor da prisão de Baader, Gudrun Ensslin entra numa loja para comprar roupas. Enquanto as experimenta no provador, uma das vendedoras, ao arrumar seu casaco do lado de fora, nota uma pistola nele e chama a polícia. Ela é presa no local. Em 9 de junho, Brigitte Mohnhaupt, uma das mais ativas integrantes da RAF e que lideraria a "segunda geração" da organização, é presa com um companheiro em Berlim. Em Hannover, 15 de junho, Ulrike Meinholf e outro militante, Gerhard Müller, encontram-se hospedados por alguns dias na casa de uma amiga de um dos contatos de Meinhof, que não sabe de quem se tratam mas desconfia do casal e resolve avisar a polícia. A polícia cerca o edifício e prende Muller quando ele sai para telefonar. Depois bate na porta e Meinhof atende. A última integrante da direção da Fração do Exército Vermelho em liberdade é presa, todos foram encaminhados para a prisão de Stammheim.

Portanto, esta primeira geração da RAF foi definitiva para o grupo, chamado de Baader-Meinhof pelos tablóides alemães nos seus primeiros 7 anos de existência, pois eles definiram exatamente o que é um grupo de guerrilha urbana, que luta pelos seus ideais à sangue, só para poderem garantir uma sociedade mais justa, baseada em ideais comunistas, mas a RAF continuou sua luta pelos ideais anti-imperialistas até o fim definitivo do grupo, em 1998.

segunda-feira, 14 de março de 2011

EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional)

Bandeira do EZLN
Boa Noite leitores

As lutas armadas na américa latina sempre estiveram presente na história política e social, principalmente em países que sofreram ou sofrem com o controle indireto dos EUA.

E um país sempre se destacou neste meio, o México sempre foi o "quintal" dos EUA, devido à sua posição geográfica, que sempre foi palco de intervenções por parte dos EUA, e um grupo que surgiu em 1969 queria por fim a este imperialismo e criar uma sociedade mais justa, assim nasceu a E.Z.L.N, que em espanhol significa Ejército Zapatista de Liberación Nacional.

O EZLN nasceu com o nome de Força de Libertação Nacional, ou FLN, no norte do país, porém firmaram suas zonas de operação nos estados de Veracruz, Puebla, Tabasco, Nuevo León e Chiapas. Em 1974 ocorreu um confronto entre os Rebeldes e o Exército Federal, este comandado pelo então General Acosta Chaparro, alguns rebeldes perderam a vida no confronto, e outros foram presos e torturados.

Como consequência, a FLN perdeu sua capacidade de operação, levando-a a sua desestruturação até a década de 80, quando alguns de seus idealizadores decidiram fundar a EZLN, formada por indígenas e mestiços, declarou sua criação oficial no dia 17 de novembro de 1983.

Líder Marcos, porta voz do EZLN
Porém, o EZLN ficou famoso mundialmente no dia 1 de Janeiro de 1994, quando um grupo armado de indígenas atacou e empossou várias regiões ao sul do México, entre elas o estado de Chiapas, causando uma crise que estagnou o governo daquele país, no mesmo dia em que entrava em vigor o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (o NAFTA).

Como muitos outros grupos guerrilheiros, o EZLN é considerado pelos EUA um grupo terrorista, na mesma linha das FARC, acusando-os de várias coisas, como o uso de meninos soldados, prática usada por vários exércitos guerrilheiros na África e Ásia, porém, o EZLN tem denúncias contra o governo Mexicano por fazer um ataque surpresa contra índios Tzotziles dentro de uma capela, resultando em 45 mortos, no dia 22 de Dezembro de 1997.

Em março de 1999, foi realizada uma "consulta nacional" sobre direitos e culturas indígenas, patrocinada pelos zapatistas, mas uma resposta política veio somente em junho. Ela ocorreu quando o governador de Guanajuato manifestou em uma entrevista que "ele pede diálogo com o "subcomandante Marcos" para falar sobre o futuro do país e chegar a um acordo".

Confeencia em La Realidad, Março de 1999
Em agosto, foi reiniciado o combate armado entre os rebeldes e o soldados do Exército Federal em Chiapas. Ambos se acusam mutuamente de haver iniciado o conflito. Nove soldados foram feridos. Entretanto, trata-se de um caso isolado. Pouco depois, o governo libertou presos zapatistas em Chiapas, como um sinal de que pretendia reiniciar o diálogo.

No início do ano de 2001, o "subcomandante insurgente Marcos" anunciou a criação do Centro de Informação Zapatista, mediante o qual seriam trocadas informações sobre a viagem dos guerirlheiros ao Distrito Federal e se articulariam mobilizações para exigir o cumprimento das condições que o EZLN colocou para o diálogo.

O presidente Vicente Fox, em 9 de janeiro, solicitou ao Exército Zapatista de Libertação Nacional que estabelecesse diálogo com o governo federal para alcançar a paz em Chiapas. Entretanto, o EZLN insistiu que não voltaria às negociações de paz com o Governo enquanto não fossem encerradas as sete posições militares solicitadas. Enquanto isso, o Exército federal se retirou da comunidade de Cuxujal, município de Ocosingo, e os indígenas, bases de apoio do EZLN, manifestaram-se "contentes e descontentes" por esta saída.Em 2005. o EZLN emitiu a Sexta Declaração da Selva Lacandona e anunciou que deixaria as armas e faria política.

Entre 5 de agosto e 18 de setembro de 2005, o EZLN participou de reuniões com organizações políticas de esquerda, organizações indígenas e povos índios, organizações sociais e ONGs, organizações e grupos culturais e de artistas, e com mulheres, homens, anciãos e crianças que a título individual, familiar, de comunidade, rua, bairro ou vizinhança haviam assinado a Sexta Declaración de la Selva Lacandona. Em tais reuniões, sendo a mais numerosa a de organizações e grupos artísticos e culturais, foram abordados seis pontos que serviram para guiar as reflexões e as discussões: ratificação, ampliação ou modificação das características da "Outra Campanha", definição de quem está convocado e quem não está, estrutura organizacional da "Outra Campanha", lugar especial das diferenças na "Outra Campanha" (indígenas, mulheres, jovens, crianças e outros), posição da "Outra Campanha" frente a outros esforços organizacionais e tarefas imediatas.


Placa informando que a zona está sob controle dos Rebeldes
Portanto, o único propósito mostrado pelos líderes do EZLN é trazer a ordem e o socialismo para trazer junto uma sociedade mais igualitária, porém, acusações de ligações com o terrorismo colocam-no em uma lista abarrotada de guerrilhas socialistas sul-americanas também consideradas terroristas, pois obviamente os EUA não querem o socalismo rondando sua vizinhança, pois seria uma "ameaça a ordem e a democracia", mas acho que deveríam completar a frase com "... e ao consumismo e ao capitalismo" mas infelizmente isto nunca fica à mostra, levando as pessoas a acreditarem que estes grupos armados querem trazer o mal e a desgraça para as américas.



Autor: Piantino (Membro do URI)

Jovens,onde vocês estão?

Quando tentaram vender o petróleo brasileiro, na década de 50, eles estavam lá. Lutaram e bravamente escreveu na história a seguinte frase: “O Petróleo é nosso”.
Quando em 1964 golpearam a democracia no Brasil, eles resistiram. Sonharam com um mundo sem desigualdade, livre. Deram a própria vida por seus ideais. Ocuparam as Universidades, foram tocados pelo conhecimento. Acreditaram que a rebeldia típica da juventude pode e deve ser o motor da construção do novo e não tiveram medo quando se depararam com armas e palavras apontadas para as suas cabeças!
Quando a sociedade foi às ruas em 1984 exigir eleições diretas, a juventude também o fez. Esteve lá como sempre impulsionando o movimento. Quando em 1992 o jovem presidente “caçador de marajás” foi cassado, eles materializaram um sentimento nacional. Pintaram a cara, saíram às ruas. Voltaram a sonhar e derrubaram um presidente!
Assim a juventude brasileira existiu, lutou e transformou o país, na última metade do século passado. Neste momento que iniciamos um novo século o que tem feito e por onde tem andado a juventude?
Talvez bombardeada pela ideologia neoliberal durante os anos 1990, que estimulava a competição extremada, o individualismo e o egoísmo. Somando-se a isso a precarização das condições de vida e desemprego em massa, talvez a juventude tenha se alienado e se tornado rebelde sem causa.
Os estudantes em sua grande maioria deixaram de se reunir para grandes assembléias e manifestações, para se reunirem em grandes megachopadas para beber até cair. Ainda existem os que lutam e resistem, e exemplos não faltam: a ocupação da USP e suas similares pelo Brasil. A ocupação da UnB que destronou o reitor corrupto.
Ao capitalismo “$$”, interessa que os jovens sejam idiotas, hiperssexualizados e bêbados. Para que estes não questionem a sociedade local, o governo, o país, o mundo!É disto que surgem os analfabetos políticos, que foram definidos por Berthold Brecht da seguinte maneira: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”.
Você jovem ou homem de meia idade ou até mesmo você idoso não seja mais um analfabeto político, brigue pelos seus direitos ou pelo aquilo que faz mal a sociedade, não seja um seguidor do conformismo, não seja escravo de qualquer um!


Raul Tavares (Equipe URI)